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Vacío


© Chenkuo Che y Gabriela Farías

Nos últimos anos, temos ouvido notícias sobre Montevidéu, um país que acompanha o pensamento de seus moradores. E, por onde eles passam, mostram-se com uma vitalidade singular, desvinculada dos países velhos, muito desejado por seus vizinhos. Mujica se tornou, para muitos, um super-herói. Mesmo sendo protagonista da falta de forças extraordinárias, ele consegue aumentar o volume dos assuntos que surgem em seu entorno. Esse país tem se tornado um foco da articulação do pensamento público registrando, nesse e noutros continentes, exemplos vivos da inserção de novidade no mundo; por esses dias, em que a falta de tônus tem acompanhado o discurso de muitos países, a novidade, é a ação. Em Vacío, entre sete pessoas e na força dessa relação, dentro de um ginásio-cidade transformado em palco, o espetáculo dos uruguaios Federica Folco, Leonardo Anselmi, Anibal Domíguez, Gabriela Farías, Eduardo Ferrer, Guillermo Fleitas, Sofía Lans, Sebastián Niz se lança na sorte, no que vier, no que passa pela cara, no que expande a extensão libidinal de cada corpo, no que abraça, no que pode rir.

Texto publicado no jornal 7x7, para a Bienal Sesc de Dança

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